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Mais do que nunca, a ecologia e a sustentabilidade estão sendo cobradas nas mais diversas áreas do conhecimento, em muitas indústrias e cobrindo desde as etapas de desenvolvimento até os produtos finais. Neste cenário, a Química Verde se mostra cada vez mais presente e necessária para contribuir com práticas mais sustentáveis.

Também conhecida como Green Chemistry, Química Sustentável ou Química Limpa, esse é um conceito amplo que trata tanto de processos e análises internos, além de focar em objetivos específicos e globais como a redução da poluição, fontes de energia renováveis, correto descarte e redução de resíduos, etc. Resumidamente, melhorar os processos e materiais das análises químicas enquanto também promove a preservação do ambiente e os recursos naturais.

Continue lendo para conhecer mais detalhes da Química Verde!

Histórico

Os anos 1990 foram marcados por uma maior percepção e também divulgação sobre os impactos das ações humanas no ambiente. Além de marcar o debate político até hoje, se tornando cada vez mais urgente, a preservação ambiental marcou diversos setores econômicos, incluindo a química como atividade de pesquisa, desenvolvimento e controle de qualidade. Anteriormente a isso, em 1981 o Brasil já contava com o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA).

O termo Química Verde foi apresentado pela primeira vez em 1991, pela Agência Ambiental Norte-Americana (EPA). Neste momento, foi definida como “conjunto de princípios que reduzem ou eliminam o uso ou a geração de substâncias perigosas durante o planejamento, manufatura e aplicação de produtos químicos”. A partir dali, outras questões foram avaliadas, relacionadas e agregadas ao conceito Química Verde.

No Brasil, inclusive, foi instaurada a Escola Brasileira de Química Verde (EBQV), parte da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Outras diversas universidades contam com grupos de pesquisa voltados para a Química Verde, além de seus reflexos em outros nichos de pesquisa e demandas analíticas.

Princípios da Química Verde

As principais instituições internacionais do setor definiram 12 princípios relacionados à Química Verde. São eles:

• Prevenção;
• Economia ou eficiência atômica;
• Redução de toxicidade;
• Desenvolvimento de produtos seguros e eficientes;
• Diminuição de solventes e auxiliares de reação;
• Eficiência energética;
• Uso de matérias-primas de fontes renováveis ou recicláveis;
• Redução de derivativos;
• Catálise;
• Desenvolvimento de compostos para degradação;
• Monitoramento e controle de processos em tempo real;
• Desenvolvimento de processos seguros e prevenção de acidentes.

Assim é possível visualizar diversos dos objetivos e pontos de trabalho da química sustentável, focando na redução de poluição, no reaproveitamento de recursos, na segurança humana e do ambiente, entre outras demandas. Tudo focando também na inovação científica!

Para finalizar, é interessante reconhecer que diversas empresas e fabricantes de equipamentos analíticos se adaptam para atender estes parâmetros. Novos processos podem exigir novas tecnologias, sendo um forte sinal para que muitos laboratórios se modernizem, inclusive no ambiente acadêmico.

Vale acompanhar os estudos dessa área, sabendo, por exemplo, que o Prêmio Nobel de Química em 2021 trata justamente de catalisadores mais sustentáveis. Enfim, agora que você conheceu a Química Verde aproveite e confira também nossa área exclusiva de webinars, com mais conteúdo especializado para você!