Na agropecuária, a qualidade é um elemento que só é obtido com a total atenção dos fornecedores e produtores, começando justamente com as matérias-primas e insumos mais básicos para a produção. Já tratamos, em outros artigos, sobre análise elementar do solo e dos fertilizantes, o que garante e aprimora a qualidade das colheitas. Voltando agora para a pecuária, especificamente, existem também muitos processos e diversas análises e instrumentos que garantem a qualidade já na ração animal.
Uma boa alimentação para o gado e demais criações, garantindo a correta nutrição e mais aspectos da saúde dos animais, é indispensável para oferecer os melhores produtos ao mercado.
Essa preocupação cabe, principalmente, à indústria e fabricantes de ração animal. Nos próximos tópicos, conheça os principais procedimentos e testes para garantir o controle de qualidade em ração animal.
Fabricantes e produtores de ração animal, e na verdade toda a indústria de produtos biológicos e farmacêuticos, devem adotar as Boas Práticas de Fabricação, também conhecida por BPF. Essas recomendações foram compiladas em 1992 pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Como o próprio nome indica, trata-se de uma política interna adotada por fábricas para manter padrões de procedimento, segurança e qualidade relacionados à higiene, ferramentas, comunicação e afins.
No exemplo específico da produção de ração animal, tudo começa com os suprimentos – entre milho, trigo, soja e todos minerais – e a formulação nutricional. Com o atendimento das políticas de controle de qualidade e das BPF, dá-se início a produção e posterior distribuição do alimento para criações.
Segundo o próprio Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), os principais benefícios de implementar as Boas Práticas de Fabricação são:
No Brasil, o MAPA também se encarrega de registrar tanto os fornecedores de produtos para alimentação de fins pecuários como também as fábricas de ração para os animais domésticos (pets). Inclusive, o Ministério recebe denúncias e coíbe fabricantes irregulares e demais atuações clandestinas tratando da alimentação e bem-estar dos animais.
É essencial que a ração animal utilizada na produção de leite, carnes e outros itens seja reconhecida e registrada pelo MAPA. Tal informação deve constar em sua embalagem, junto aos canais de atendimento, instruções de armazenamento e porcionamento, entre outros elementos.
Em aspectos mais técnicos, o controle de qualidade na produção da ração animal também é acompanhado de perto por análises laboratoriais e testes diversos voltados para a entrega de produtos saudáveis e eficientes. De fato, uma investigação visual comum já vai possibilitar a identificação de grãos mofados ou estragados, mas é importante aumentar a escala destas avaliações e enxergar tudo em mais detalhes.
A análise elementar é uma das técnicas de avaliação mais pertinentes em relação à composição da ração e das matérias-primas utilizadas. Para esse tipo de teste, são utilizados equipamentos laboratoriais conhecidos por espectrômetros.
Tanto o espectrômetro de absorção atômica (AAS) como o de fluorescência de Raio X (EDXRF) fazem análises da composição química e elementar de amostras sólidas ou líquidas. A amostra, neste caso, pode ser desde os suprimentos para fabricação da ração como o produto final.
Tal instrumento encontra e mensura os principais elementos da composição de cada amostra, desde os básicos Carbono (C), Hidrogênio (H), Nitrogênio (N), Enxofre (S) e Oxigênio (O) até outros mais específicos e que indicam toxicidade do conteúdo, como Arsênio, Chumbo, Mercúrio e Cádmio. Somente este trabalho atento de análise da ração animal vai garantir a qualidade e todos os benefícios do produto final.
O ICP-OES Plasma Quant 9100, da fabricante Analytik Jena, e o EDXRF NEX CG da Rigaku são exemplos de espectrômetros amplamente adotados para a análise elementar no setor agropecuário e em muitas outras indústrias.
Para conhecer mais detalhes sobre os espectrômetros ou as fabricantes, entre em contato com os consultores dpUNION.